sexta-feira, 13 de julho de 2012

Doces Brisas e suas Nuvens

Todos os dias procuro receber o Dia como um presente.
Presente se recebe e desfruta apenas.
Desfrutar os dias a mim concedido tem sido nobre missão.
Mas como olhar para aqueles dias em que parecem ser prisão, ingratidão, insatisfação? Não é caso do meu dia de hoje. Coisas do Dia são coisas do coração. Não sou assim, mas as vezes fico assim, sentindo-me ingrata, insatisfeita, aprisionada.... Mas logo passa pois são situações reais mas que não combinam com Pássaros...
Então mais uma vez o Senhor do Dia lança luz na escuridão e me mostra que se a vida é um presente,
não é porque situações diárias permanecem em uma ordem imutável.
Ao contrário disso o dia tem movimento.
Movimento do Vento que traz e leva de volta os desfrutes do presente dia para quem sabe um dia retornar.
E quando retorna já não tem mais o mesmo cheiro, o mesmo gosto e carrega novas cores, apresenta coisas novas.
As cores do Vento só os olhos do coração conseguem enxergar. Não importa se as cores são nubladas e tristes, alegres e vivas. Poder enxergar as cores do Vento é enxergar a alma de alguém.
Um dia desses passados eu estava cega.
A pior cegueira é aquela que não te permite enxergar seu dia como um presente.
Foi quando derrepente senti que o Vento aproximava.
Não conseguia identificar bem de onde vinha, mas ficava cada vez mais proximo.
O Vento estava devolvendo-me a visão e renovando a gratidão pelo presente chamado Dia.
Aquele Dia atendia pelo nome de Nathália Rodrigues que hoje batizo de DOCE BRISA.
Ela tinha um riso tímido, até meio triste mas cheio de paixão e esperança.
Sua presença encheu o local de cores novas e meu coração de gratidão.
Pessoas são presentes da Vida presente e carregam consigo algo de nós que os toca e nos renova.

Daquele encontro trazido pelo Vento nasceram alguns versinhos que retratam o coração da DOCE BRISA Ela tão logo pegou um papael e um lápis e rabiscou. Comigo compartilhou e agora não posso reter e compartilho seus versos, Nathália:

Doces Brisas e suas Nuvens

O Vento voa.
O Vento vento.
Traz nos seus ares dançantes
nuvens fofas de algodão
que atravéz do Vento
traz o alento
ou o desafio o meu contrito coração.

Voa vento.
Venta Vento.
E dançe suas doces brisas.

Traga em suas brisas
as surpresas de cada nuvem.
Com suas muitas linguagens e muito o que falar.
Nunca repetidas.
Assim como o vento nunca venta a mesma brisa.

Voa vento.
Venta vento.
E diga tudo o que veio me falar.



Brancas como algodão.
Negras trazendo escuridão
Majestosas até estremecer.
Da manhã ao entardecer
estão a me perceber.

Com Faces de mocinhas, malvadas
estrategimanete enviadas
pelas brisas do vento
tão claro
com teus olhos não vê?

Voa vento.
Venta vento.
Mas Vento
Venha!
Poema de Nathália Rodrigues. Presente do Dia que recebi e desfrutei
Kz,
13/07/2012



2 comentários:

  1. Gente...
    Como é bom ler as coisas que você escreve Kézzia...
    Quero até confessar que, aqui em Cuiabá fiz uma amiga que me lembra você, acho até que é por isso que nossa amizade deu tão certo...
    Quer dizer, apesar de não ser cristã ela tem um 'Q' existencialista e contemplativo com quais me identifico muito...
    Em fim...
    Glória a Deus por esse cantinho Kézzia...
    Voltarei sempre que puder...

    Abços...................

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  2. Querido Neto.
    Pessoas como você fazem-me falta. E, acabo sendo grata pelas possibilidades de cantos como esse aqui que nos permite vez ou outra uns dedos de prosa ou como diria a Mila Suzano de Proesia.Meu desejo é ter sempre perguntas a fazer e que as perguntas resultem em reflexões que nos toquem. Venha sempre, a parte da casa que esta aberta para te receber é nada menos que a cozinha, lugar de barulhos, movimentos, intimidade, lugar de processos e que podemos até sentar no chão para cozinhar e proetizar.
    Abraços.

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