terça-feira, 25 de setembro de 2012

DOIS GRÃOZINHOS DE AREIA



Hoje tive um sonho.
Sonhei que não tínhamos que saber inglês
para ser alguém e que o único idioma que se falava
entre os seres humanos
era o do amor e da liberdade.
Podíamos decidir nossas vidas
sem condicionamentos, escolhíamos com liberdade
a comida que comíamos,
a roupa que vestíamos,
e ninguém nem nada
manipulava nosso querer, nosso pensar e nosso sentir.
Podíamos expressar nosso "ser" segundo nossas
raízes autóctones
sem sentir-nos inferiores.
Eramos nós mesmos que, com a mesma liberdade que as aves têm
de se lançar ao vento que as leva à árvore
onde fazem seu ninho
podíamos refletir sobre nossos caminhos
e habitar no mundo que nós mesmos construímos.
Semelhante ao Criador,
éramos seres humanos.

Deve haver um lugar onde possamos ser assim.
Onde, em amor, as pessoas busquem sua realização
na realização do outro,
onde o amor seja o motor
e o vetor de toda realidade;
onde as crianças possam crescer sorrindo
tendo a esperança
de serem autores de seus próprios destinos.
Onde seus pais
possam envelhecer cheios de paz,
sabendo que seu esforço não foi em vão,
mas criador;
Certos de que anonimato de sua história
têm sido cooperadores do Grande Anônimo
que nunca os deixou,
mas sempre esteve lutando ao lado dos seus.

Assim é lindo chegar à morte.
Esta adquire um novo sentido,
toma forma e nobreza dentro desta esfera;
se torna convicção, esperança
e profundo desejo
de viver eternamente em um mundo novo,
no qual sua história e a minha foram como
dois grãozinhos de areia.

["Dois grãozinhos de areia", Juan José Barreda Toscano]

Kz,
Fort, 25/09/12

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