domingo, 1 de julho de 2012

Graciosa Poesia triste – Graciosa Palha Italiana – Graciosos Anjos


                Outro dia desses o sol não apareceu, parecia o fim da minha odisséia. A vida não fazia sentido, o céu sem cor e minha poesia era triste.
                Mas um Anjo Loiro tipo estrela do rock me disse: “mesmo triste ainda é poesia”. Lembrei que Adélia Prado também disse isso. Então pensei: se hoje não tenho a cor dos raios do sol e a vida parece não fazer sentido mas  eu ainda tenho a Poesia ... Bem gracioso isso, considerei.
                Afinal, se eu corresse para cima, a sensação do infinito me consumia; para baixo ainda mais me perderia. Para os lados então? Não. Correntes me prendiam, eu não tinha para onde ir. Estávamos eu e minha poesia triste, minha Doce poesia triste. Ficamos horas na companhia uma da outra.
Espere.
Doce?
                Foi aí que parada no silêncio derradeiro minha mente foi assaltada por uma lembrança doce do doce que ganhei de outro Anjo chamado Pássaro. (Dizem que era a lembrancinha do do último sagrado rito da Coragem com a Liberdade (deliciosa palha italiana). Bem, eu não acredito ter comido a lembrança da Aliança do meu  Pássaro, não sei se consigo comer lembranças.
Eu não tinha pra onde ir, eu não tinha o que fazer. Peguei meu doce, sentei, comi e descansei. Enquanto descansada desfrutando do prazer do doce minhas memórias me encheram o coração de beleza e delícias.
                Foi aí que percebi que nas pequenas lembranças e nos meus Anjos, a vida continua fazendo sentido e que mesmo quando o Sol não brilha ele continua ali no seu lugar, e as nuvens vão passar...
                Há graça nas coisas da graça...
Kezzia Cristina Silva
Inverno / Junho / 2012

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